Valorizar um elemento construtivo da perspectiva da sustentabilidade permite delimitar com mais precisão sua função no complexo Jogo de xadrez em que atuam arquitetos, engenheiros e usuários. .
O vidro, por exemplo, é presença certa em fachadas, mas qual é sua contribuição na composição de envoltórias sustentáveis? Que papel a iluminação natural joga na qualidade dos ambientes ? Como os processos de certificação ambiental enfocam esta questão ? O arquiteto e urbanista Marcelo Nudel, diretor da Ca2 Consultores Ambientais Associados, prefere a denominação envoltórias de alto desempenho para se referir às envoltórias sustentáveis, pois o conceito de sustentabilidade é muito amplo e envolve questões que vão além da competência dos vidros ou de outros elementos construtivos da fachada”. Confira.
Qual a contribuição do vidro de controle solar para a composição de envoltórias de alto desempenho?
O vidro é componente sempre presente nas envoltórias, que são a primeira linha de defesa dos edifícios contra ganhos térmicos excessivos. As fachadas também são responsáveis por admitir ou barrar a luz natural, além de regular algumas condições de conforto térmico.
Vidros de controle solar, especialmente low-e e quando combinados com elementos de sombreadores externos, são sempre alternativas recomendadas para edifícios que almejam um bom equilíbrio entre as variáveis de energia, conforto ambiental e luz natural.
E quanto aos vidros insulados?
Quando dotados de tecnologia de baixa emissividade, os vidros duplos atingem excelente controle de cargas térmicas, com adequada penetração de luz natural e reluzida refletividade ou aspecto espelhado. Apesar de ainda ser pouco utilizado no Brasil, esse tipo de vidro pode se altamente benéfico em algumas regiões de nosso pais, em especial aquelas de clima predominantemente quente.
No entanto, insisto sempre em meus projetos que vidros de alto desempenho compõem uma parte de solução, ou seja, não oferecem respostas a todos os problemas.