Casas sustentáveis: o que mudar desde a construção até a mobília -

Casas sustentáveis: o que mudar desde a construção até a mobília

Marcelo Nudel, sócio-diretor da Ca2 consultores, participou da matéria do Estadão sobre Casas Sustentáveis: o que mudar desde a construção até a mobília.

Mudanças climáticas, crise hídrica, aumento na conta de energia, motivos não faltam para começar a pensar em uma forma de morar mais sustentável. As medidas para se encaminhar nesta direção são variadas e, às vezes, mais simples do que se espera.

Uma maior adaptação ao ambiente é uma das peças fundamentais nesta questão, com o melhor aproveitamento dos recursos naturais, da incidência solar ao vento. A prioridade de materiais de menor impacto, recicláveis e reutilizados/reutilizáveis também vai do projeto à mobília.

Utilizar o sol e o vento a favor

A incidência solar, o vento, a incidência de chuva, o relevo e outros são elementos que podem ser utilizados a favor da sustentabilidade, destaca a arquiteta Paolla Clayr. Na pandemia, por exemplo, a contribuição da ventilação cruzada (que atravessa ambientes) ficou evidente por dificultar a disseminação da covid-19, mas também pode contribuir na troca de calor.
Da mesma forma, árvores do lado de fora podem contribuir para reduzir o aquecimento dos ambientes e se tornam barreiras contra o vento. A vegetação exerce, aliás, este papel até mesmo dentro das edificações, especialmente junto das janelas e nas paredes que recebem maior incidência de sol, amenizando a absorção de calor.

A professora comenta que a incidência solar é um fator importante para manter um ambiente saudável, porém, quando elevada, diminui o conforto térmico e acaba demandando maior consumo de energia para refrigeração. Por isso, é um elemento essencial para ser observado em projetos, como na adoção de brises, escolha da pintura da fachada (por cores claras) e outros elementos de controle.

O arquiteto Marcelo Nudel, sócio-diretor da Ca2 Consultores, explica que essas avaliações geralmente são avaliadas a partir de modelos digitais, que estimam o conforto térmico e afins a partir da incidência solar, do material utilizado, do tamanho das janelas etc.

“É uma forma de entender os fenômenos bioclimáticos ao redor da futura edificação, de fazer as melhores escolhas e não ter surpresas”, diz.

Ele percebe que o interesse pelo tema cresceu, mas ainda é bem restrito. Além disso, percebe que as exigências legais brasileiras são bem menores neste aspecto.

“Um edifício do dia a dia na Austrália, na Inglaterra ou na Espanha, mesmo sem certificado, geralmente é mais sustentável do que muitos certificados que temos no Brasil, porque a lei obriga.”

Moradia sustentável depende de um ambiente de menor impacto

Para o meio ambiente, a adaptação de edificações existentes causa menor impacto do que a construção de novas (que costumam gerar maior volume de resíduos), comenta a professora do IFF Paolla Clayr. “O ideal é debater como incluir as existentes”, comenta.

Segundo ela, uma construção sustentável deve atender a um tripé: economia, social e ambiental. Isto envolve, por exemplo, pensar na aplicabilidade de técnicas em diferentes tipos de contextos urbanos(incluindo as periferias) e na cadeia de produção, em que um material divulgado como sustentável perde um pouco da proposta inicial ao passar por um longo percurso até a obra, por exemplo.

Professora de Arquitetura e Urbanismo na USP, a engenheira Denise Duarte diz que as mudanças climáticas têm exposto a urgência de se olhar mais para a sustentabilidade. “A busca da eficiência no uso de energia, no uso da água, precisa estar na tônica do projeto, pois é tão importante quanto fazer o prédio parar em pé ou ser seguro contra o fogo”, comenta ela, que também é integrante da Coalização Ciência e Sociedade.

Confira a Matéria Completa: Estadão

Leia também: Arquitetura Sustentável – O que é, Vantagens e Como Projetar

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