Escopo: Consultoria para Projeto Conceitual visando certificação LEED v4
Ano: 2017
Cliente: Eurofarma
Localização: Montes Claros, MG
Certificação LEED
Avaliamos os projetos disponibilizados visando identificar a vocação do empreendimento e principalmente identificar o nível de dificuldade técnica e financeira para obtenção da certificação LEED. Além disso, como parte da análise preliminar, foram avaliados: a implantação do projeto, o clima local, o potencial para economia de energia e de água, bem como implementação de placas fotovoltaicas e coleta e uso de água das chuvas.
Essas análises têm por objetivo auxiliar a equipe de projeto na concepção de um edifício mais sustentável e econômico, permitindo redução nos custos de operação.
O LEED para Projeto e Construção de Edifícios (LEED BD+C) é uma certificação que funciona para todos os edifícios e pode ser aplicado a qualquer momento no empreendimento, fornecendo parâmetros para construir um edifício que considere a sustentabilidade de maneira holística, maximizando seus benefícios.
Para o atendimento do nível Certified é necessário a implementação de algumas estratégias, tais como:
Já para o atendimento dos níveis superiores como Silver e Gold seria necessário, por exemplo:
O modelo Espinha de Peixe ( Desenho 1 acima) foi utilizado para compreensão do possível formato do edifício e das fachadas nas diferentes orientações.
Ao elaborar o Modelo Espinha de Peixe, selecionamos algumas orientações distintas para implantação do edifício. Nessa situação o edifício implantado a 0° (alinhado com o Norte – imagem acima) recebe radiação direta similar nos períodos da manhã e tarde nas fachadas leste e oeste durante todos os dias do ano. Sugeriu-se portanto, que as fachadas leste e oeste sejam opacas (ou pouco envidraçadas), devido a radiação de ângulo baixo de manhã e principalmente tarde, evitando o ganho excessivo de cargas térmicas.
Essa orientação é adequada e desejável do ponto de vista bioclimático e de eficiência energética. Os ventos incidem na fachada quase que perpendicularmente, permitindo a ventilação natural entre os blocos.
O projeto pode ser beneficiar da obtenção de luz natural difusa através da cobertura, reduzindo assim ganhos de calor através das fachadas.
Os sheds normalmente são projetados para as coberturas de edifícios baixos e são muito comuns em fábricas. Permitem a penetração de iluminação difusa, e quando adequadamente projetados evitam ofuscamento e penetração de luz direta.
Para praticamente todo o território brasileiro os sheds devem estar voltados para a orientação sul e podem ser utilizados para ambientes ou áreas de baixa ou alta permanência.
Projetos com altos níveis de eficiência energética e conforto ambiental em nosso território devem ser cautelosos quanto a panos de vidro extensos e desprotegidos. O projeto deve utilizar, sempre que possível, elementos sombreadores nas fachadas envidraçadas, dando preferência à luz natural difusa.