O IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) é o órgão das Nações Unidas que avalia as ciências relacionadas às mudanças climáticas. Ele fornece dados e estudos sobre os riscos das mudanças climáticas e formas de mitigar os danos.
O relatórios são feitos em várias etapas e revisados para garantir maior transparência e objetividade. Eles também analisam e determinam locais onde há necessidades de mais pesquisas.
O IPCC foi criado em 1988 pelo programa das nações unidas para o meio ambiente (UN Environment) e pela organização meteorológica mundial e conta com 195 países membros. A organização apresenta uma contribuição fundamental para ações internacionais que tenham o objetivo de reduzir e enfrentar a problemática das mudanças no clima.
No dia 09/08/2021, o IPCC divulgou o relatório de mudanças climáticas do Grupo de Trabalho I ao Sexto Ciclo de Avaliação (AR6), intitulado Climate Change 2021: the Physical Science Basis. Os dados são alarmantes e mostram que o avanço do aquecimento global causará cada vez mais eventos extremos por consequência das ações humanas. Esses danos serão irreversíveis e irão se agravar cada vez mais se nada for feito.
Os últimos 8 anos foram os mais quentes já registrados no planeta. Desde a revolução industrial, a emissão de gases através da queima de combustíveis fósseis para gerar energia não parou de crescer. Quando comparamos ao período pré-industrial, a temperatura global já sofreu um aumento de 1,1 graus Celsius.
Os relatórios de avaliação envolvem os impactos científicos, técnicos e socioeconômicos das mudanças climáticas e opções para reduzir os avanços e danos futuros. Sabemos que a mudança já afeta todas as regiões do planeta e que as ações humanas, assim como as emissões de gases, contribuem fortemente para os extremos climáticos.
Confira abaixo, alguns dos dados presentes no relatório.
Derretimento de Geleiras
O aquecimento do clima levou ao aumento do nível do mar global através do derretimento de camadas de gelo e aquecimento nos oceanos. Entre 1971 e 2018, houve um aumento de 50% no nível do mar, a taxa de perda de gelo aumentou 4 vezes entre 1992-1999 e 2010-2019. Somados, a perda da massa de gelo e o derretimento das geleiras foram os grandes responsáveis para o aumento do nível médio do mar global entre 2006-2018.
Para se manter em 1,5 grau, porém, são necessárias reduções “rápidas, sustentadas e em grande escala”, como explica a climatologista argentina Carolina Vera, uma das vice-presidentas do grupo de trabalho I do IPCC. Essas reduções das emissões levariam de 20 a 30 anos para ter efeitos nas temperaturas globais. Mas o relatório aponta que “os benefícios para a qualidade do ar chegariam rapidamente”. (El pais)
Acesse o relatório completo: IPCC Full Report
Imagem destaque: Changing by Alisa Singer – www.environmentalgraphiti.org – 2021 Alisa Singer.
“Enquanto testemunhamos nosso planeta se transformando ao nosso redor, observamos, ouvimos, medimos … respondemos.”
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