Selo ruído: Inmetro alerta os perigos da poluição sonora -

Selo ruído: Inmetro alerta os perigos da poluição sonora

Selo ruído: regulamentação alerta consumidor para perigos da poluição sonora

Muitos não sabem, mas a poluição sonora além de desagradável e incômoda, pode ser um perigo para a saúde mental e física, de acordo com o Inmetro. Veja lista com os eletrodomésticos mais barulhentos.

Selo ruído: Inmetro alerta os perigos da poluição sonora
Crédito: Shutterstock

A demanda por eletrodomésticos mais silenciosos é cada vez maior no Brasil e no mundo e estimula fabricantes a investiram na produção de equipamentos com tecnologia e materiais capazes de isolar o barulho.

Tanto é que no primeiro semestre de 2019, o Brasil teve um crescimento de 13,4% na produção de eletrodomésticos em relação a 2018.

O Selo Ruído, certificação estabelecida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), pode ajudar os consumidores a entenderem quais os impactos de equipamentos mais e menos barulhentos.

Instituído em 2014, o selo teve sua origem no Programa Silêncio, criado em 1994 em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Desde então, o selo indica a quantidade de decibéis de um produto, classificando-o em uma escala de barulho que vai de 1, para os mais silenciosos, a 5, para os mais ruidosos.

Essa foi uma das formas que o instituto encontrou de alertar o consumidor sobre os perigos da poluição sonora, que já são bem conhecidos na comunidade médica e científica.

Dados da Organização Mundial da Saúde, por exemplo, mostram que qualquer ruído que ultrapasse a casa dos 55 decibéis já pode ser considerado prejudicial à saúde.

Longos períodos diários de exposição a barulhos de alta intensidade podem gerar não apenas danos auditivos, como também prejudicar o bem estar físico e mental.

Segundo o engenheiro de vendas da TÜV Rheinland Luiz Fernando Caiafa, eletrodomésticos, como secadores de cabelos, liquidificadores e aspiradores de pó têm certificação compulsória.

“Os processos de certificações e ensaios para detectar o nível de ruído, além de fortalecer a imagem da marca e de seus produtos, atendendo às demandas do consumidor por eletrodomésticos mais silenciosos, ajudam a diminuir os impactos sonoros no meio ambiente”, afirma Caiafa.

Como os testes são feitos?

Para obter a certificação de potência sonora, é obrigatório verificar o ruído emitido pelo equipamento no meio ambiente, o que exige aparelhos específicos de medição.

“A técnica mais utilizada para a medição do nível de pressão sonora (ruído em linguagem popular) é através de uma câmara anecoica ou semianecoica – que são basicamente salas projetadas para conter reflexões de ondas sonoras, impedindo o eco”, segundo o especialista.

A partir disso, a emissão dos ruídos é medida em laboratório com microfones posicionados a uma distância exata e avaliada de acordo com os critérios definidos para cada aparelho.

Um secador de cabelo, por exemplo, não pode ultrapassar 78 decibéis em operação para receber um ruído com classificação 1.

No caso dos aspiradores de pó, a medição não pode passar de 80 decibéis. No caso de liquidificadores, o registro não pode ser maior que 85 decibéis.

O engenheiro de vendas alerta para a importância dessa informação para o consumidor no seu processo de compra.

“Mesmo que não tenha critério de exclusão, a proposta do Selo Ruído é que o consumidor fique atento a esta informação na hora de escolher um produto, dando preferência aos eletrodomésticos menos barulhentos, especialmente no caso daqueles que são usados por longos períodos, como é o caso de secadores de cabelo e aspiradores de pó, por exemplo. Essa prática ainda estimula a produção de eletrodomésticos mais tecnológicos e silenciosos”, finaliza Caiafa.

Quais os eletrodomésticos mais barulhentos?

  • Cortador de grama: 100 decibéis
  • Liquidificador: 95 decibéis
  • Secador de cabelo: 90 decibéis
  • Furadeira: 85 decibéis
  • Aspirador de pó: 80 decibéis
  • Batedeira: 70 decibéis
  • Ventilador: 65 decibéis

 

 

Por: Jade Gonçalves Castilho Leite – 1 mês atrás
Fonte: Consumidor Moderno

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