Health Arq - Acolhimento dos Pacientes- HOSPITAL ALBERT EINSTEIN REFORMA DIVERSAS ÁREAS -

Health Arq – Acolhimento dos Pacientes- HOSPITAL ALBERT EINSTEIN REFORMA DIVERSAS ÁREAS

Revista Health Arq – Ed. 33

ACOLHIMENTO DOS PACIENTES – HOSPITAL ALBERT EINSTEIN REFORMA DIVERSAS ÁREAS PARA O AVANÇO TECNOLÓGICO E BEM-ESTAR DE SEUS USUÁRIOS

Para manter o alto padrão de seu atendimento do qual é reconhecido internacionalmente, o Hospital Albert Einstein (SP) investe em importantes e grandes mudanças físicas em suas diversas unidades. Segundo a diretora-executiva de Engenharia e Manutenção da Instituição, Junia Gontijo, existem, atualmente, cerca de 200 projetos acontecendo ao mesmo tempo
na Instituição. “São trabalhos e investimentos que estão no Plano Diretor, como a construção de novas unidades de ensino e pesquisa, novas fachadas e outros tipos de reformas”.

O principal objetivo dessas reformas, além de deixar o Hospital mais bonito e moderno, é humanizar todas as áreas do local. Para isso, é necessário utilizar uma combinação de móveis, organização, iluminação e textura para trazer mais acolhimento para as pessoas. O Einstein também optou por trabalhar o conceito de biofilia nas novas construções, para trazer a natureza em seus ambientes. “Acreditamos que a junção de todos esses aspectos faz com que nossos pacientes e visitantes tenham um local de contemplação, paz e descanso”, acredita Junia.
A equipe do HIAE estudou sobre a transformação dos espaços hospitalares e como a ambientação desses locais de cura ajudam na recuperação dos pacientes.

“Os hospitais são espaços em que os pacientes buscam a cura para suas debilidades e normalmente as pessoas ficam estressadas ou emocionalmente impactadas, então nós precisamos prover espaços onde elas se sintam bem”. A diretora-executiva de Engenharia e Manutenção pontua ainda a importância da infraestrutura em acompanhar a identidade do Einstein, que é de inovação e tecnologia.

“Essas mudanças passam por vários projetos, desde os maiores até a revitalização de espaços comuns, como corredores, recepções menores e leitos.”

Tanto os projetos concluídos quanto os em andamento são realizados com a Instituição em pleno funcionamento, de forma que é requerido o mínimo de barulho e sujeira para não perturbar os pacientes internados e colaboradores.

Dentre as obras idealizadas está a reforma na fachada da unidade Morumbi, o projeto conjunto de vários profissionais no Atrium da unidade e a construção de um novo prédio de pesquisa e ensino idealizado por um dos arquitetos mais renomados do mundo, Moshe Safdie, com previsão de conclusão em 2021.

A COMPLEXIDADE DA REFORMA DE UM GRANDE HOSPITAL

Devido à complexidade do programa solicitado pelo Hospital Albert Einstein, foi preciso entender as importantes questões colocadas como necessidades a serem atendidas. Explicitamos, então, as questões por nós compreendidas, sintetizadas em três importantes condicionantes para o desenvolvimento do projeto.

Vencemos, então, a concorrência feita pela Diretoria do Hospital a cargo da Diretora Executiva de Engenharia, Junia Contijo, para a realização do retrofit global externo dos edifícios
da unidade o Morumbi, cujas fachadas resultavam de vários blocos feitos em épocas e autores diversos, e que apresentavam soluções diferenciadas, não constituindo a unidade arquitetônica desejada pelos diretores.

Somava-se a isso a precária condição das fachadas com esquadrias, não funcionando mais e prejudicando a insolação e ventilação de vários ambientes. O revestimento cerâmico
estava despencando em placas em várias fachadas, o que também ocasionava uma séria situação de perigo. Os anexos verticais e horizontais, junto com vários canteiros de instalações que foram sendo inseridos, conturbavam a imagem do Hospital e causava tumulto em pátios e circulações, trazendo um visual variado e desordenado.

Haviam também outras questões em conflito que precisavam de soluções formais e construtivas. Uma intervenção inadiável era o Atrium, destinado a ser o local de recepção e estar próximo à entrada principal. Tanto o restaurante quanto a lanchonete eram cobertos por antiga cobertura de duas águas na altura do 6º pavimento. Esse local estava em estado precário pela dificuldade do acesso para manutenção e limpeza, internalizando as fachadas de vários pavimentos dos blocos A e B de internação e administrativas, deixando-os sem luz natural.

Completava o quadro de problemas a quantidade de acessos para internação, pronto atendimento, administração, restaurante e lanchonetes, assim como o acesso de veículos. A entrada principal não oferecia condições de espaço coberto para embarque e desembarque pelo grande volume de veículos e pedestres no dia a dia.

Como condicionante colocado pelos responsáveis, as intervenções não poderiam ocasionar ruído e poeira, uma vez que os ambientes internos continuariam sendo ocupados por pacientes, funcionários e público externo. Para esse diverso e complexo desafio, apresentamos como proposta os sistemas de produção e montagem totalmente industrializados, de tal maneira que toda a execução seria externa, com entregas programadas conforme fossem sendo liberadas pelo Hospital.

Para atender esses requisitos, desenvolvemos, juntamente com as importantes contribuições estruturais do Engenheiro Flávio D’ Alambert, um sistema estrutural de produção e montagem industrializada e integrada: enquanto fabricava-se treliças baixas para serem fixadas na altura dos peitoris de grande comprimento com poucos pontos de ancoragem nas prumadas dos pilares de concreto, montava-se na cobertura do edifício uma estrutura para içamento e fixação das mesmas e dos painéis unitizados de vidro e ACM.

Essas treliças, fixadas com pouco ruído pelas equipes de montagem, foram a estrutura para o engate dos painéis verticais unificados com esqueleto de alumínio e cobertura de vidro lami
nado duplo, com aberturas em “Maxim-ar” para ventilação dos vários ambientes em cada pavimento, e colocadas numa sequência programada de produção e montagem.
Nas fachadas cegas, as estruturas de alumínio receberam placas de ACM. O encontro das janelas verticais externa ou interna, do vidro e ACM e arremates de platibandas compuseram o  sistema de tratamento de fachadas.

Após a retirada dos pa nos de cerâmica de toda a  superfície, cobrimos totalmente o bloco vertical A e os blocos horizontais B para garantir um resultado limpo, funcional e uniforme para
todas as fachadas externas do hospital. Uma única exceção foi o tratamento verde dado ao bloco vertical de transição entre o Bloco B e as circulares do Bloco D.Para o desafio do Atrium, tratava-se de criar um espaço de destaque como local de recepção, encontro e estar da Instituição e que superasse o conflito funcional existente.

A proposta consistiu em trazer a iluminação natural para esse ambiente envolvido por massas verticais, todas com diversas utilizações, que deveriam receber iluminação e ventilação naturais, ao mesmo tempo que não sufocassem o ambiente no térreo. Optamos por adotar uma forma ascendente de tubos de aço que chega ao vão maior, começando com pé-direito mais baixo e se elevando em curva até atingir a altura maior do 6º pavimento do bloco A apenas na sua extremidade.

Dessa forma, garantimos a visão para o Atrium das circulações nos seis pavimentos. Nele também situamos uma tela de imagem para informações, mensagens e vídeos, substituindo a informação estática dos inúmeros banners e cobrindo paredes.O teto de vidro sobre a estrutura de tubos, já sombreado pelas massas envolventes, recebeu um tratamento externo de serigrafia constituindo de minúsculas esferas garantindo uma luz natural sombreada. O resultado foi auspicioso e se completou pelo tratamento de interiores feito pela Arquiteta Betty Birger.
A condição de acesso à entrada principal ocorria através de uma pequena cobertura de concreto e pela grande área descoberta de veículos sem tratamento ambiental e paisagístico, secundarizando-se como acesso principal e porta de entrada principal do hospital.

Optamos pela solução de adotar uma forma escultural e de destaque que ao mesmo tempo organizasse o tráfego geral e abrigasse a entrada de veículos. A forma destaca a paisagem local de
dia e a noite e fornece a iluminação natural e noturna. Juntamente com o Eng. Flávio D’Alembert, conceituamos a ideia de um paraboloide curvo que já definisse a circulação de
embarque e desembarque de usuários protegidos da chuva e que pelas dimensões disciplinasse a ocupação ambiental e paisagística.


O atendimento central a essas questões foi a criação de uma forma que disciplinasse as vias de circulação e abrigasse a quantidade de veículos mais seu estacionamento em três faixas
para embarque e desembarque de passageiros. Assim surgiu o design de um grande arco em curva constituído por colmeias de triângulos com estrutura tubular de aço formada de barras convergentes articuladas à nós hexagonais e com gaxetas de borracha para apoio dos painéis triangulares de vidro laminado na cor verde ray-ban. Essa malha de arco em curva se apoia linearmente em suas arestas sobre bases. Somente no encontro dela com a superfície do auditório e sobre a marquise de concreto existente foram adotados apoios específicos junto às recepções do auditório e do hospital, dispensando qualquer outro elemento que ferisse a limpeza formal. A especialista em iluminação Neide Senzi propôs linhas embutidas nas calçadas internas junto aos panos, resultando em um efeito noturno deslumbrante e suficiente para iluminar internamente toda a cobertura e externamente toda a praça. Foi possível organizar os acessos e o paisagismo circundante, que foi mantido, tratado e ressaltado por um painel verde artístico de minha autoria. O uso da estrutura metálica numa tecnologia inovadora e sustentável, limpa, rápida, sem barulho e poeira, e sem canteiro de obras conseguiu um resultado que, não só agradou profundamente a Diretoria do Hospital, mas vem ocasionando mensagens de reconhecimento e aplausos pelo caminho técnico e artístico adotado.

FICHA TÉCNICA
Equipe Zanettini Arquitetura
Arquiteto Responsável: Siegbert Zanettini
Arquiteto Supervisor: Thaís Barzocchini
Arquiteto Plenos: Alessandra Cagnani Salado, Natália
Brazão Malateaux
Engenheiro Colaborador: Ernani Moura
Arquitetos Colaboradores: Camila Conti, Éric Fick
Gonzalez, Daniel de Souza Gonçalves
Projetos complementares
– Levantamento cadastral: Metro Cúbico
– Estrutura metálica: Projeto Alpha
– Estrutura concreto/fundações: ETCPL Projeto Estrutural
– Esquadrias de vidros: Crescêncio Petrucci Consultoria e Engenharia
– Corpo de Bombeiro: Engepoint Gerenciamento
Consultoria Ltda
– Conforto Ambiental: Ca2 Consultores Ambientais Associados
– Instalações Elétricas/Hidráulica: Interativa Engenharia
– luminotécnica: Senzi Ligthing
– Acústica: Sresnewsky
– Impermeabilização –Proassp
– Paisagismo: Oficina 2 mais
Construção: Racional Engenharia ltda.
Parceiros Fachada:
-Estrutura Metálica de Fachada: SIGPER
-Caixilhos: LUXALUM
– Vidros: GLASSEC
– Parceiros Marquise
– Projeto Estrutural: SBP
– Estrutura Metálica: BRAFER
– Vidros Encapsulados: AVEC
– Fornecimento dos vidros: GLASSEC

SIEGBERT ZANETTINI,
ARQUITETO , FUNDADOR E PRESIDENTE
DA ZANETTINI ARQUITETURA.

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