Projeto de Iluminação Parque do Flamengo

O Parque do Flamengo, ou Aterro do Flamengo como é conhecido, foi idealizado pela arquiteta-paisagista autodidata Lotta de Macedo Soares na década de 1960. Projetado para ser o primeiro espaço aberto recreativo no Brasil, contou com a participação de renomados profissionais tais como Affonso Eduardo Reidy e Escritório Roberto Burle Marx e Arquitetos Associados.

A iluminação deste espaço apresentou um desafio à parte. Temia-se que a utilização de postes com altura mediana poluísse visualmente o Parque, dada a extensão do lugar. Uma das sugestões utilizava 700 postes de sete metros de altura, solução que foi descartada ao se comparar o resultado a um paliteiro.

Assim chegou-se ao famoso lighting designer americano Richard Kelly, conhecido por revolucionar a iluminação arquitetônica, que se entusiasmou pelo desafio.

Kelly, inspirado na claridade do luar, imaginou uma iluminação difusa e suave. Para chegar no efeito desejado a proposta foi audaciosa: 88 postes de 45 metros de altura final com 6 lâmpadas de vapor de mercúrio instaladas no topo destes postes. A distância entre um poste e outro ficou em torno de 100 metros.

A proposta resultou em cones luminosos que abrangiam não só as pistas como o paisagismo do parque, proporcionando a visão de outros cartões postais da cidade, como o pão de açúcar e a orla da praia.

A obra passou por um retrofit em 2016, as lâmpadas, até então de 1000 Watts, foram substituídas por luminárias com tecnologia LED de apenas 400 Watts cada. A economia de energia foi complementada com um sistema de iluminação inteligente, no qual é possível controlar a intensidade das luminárias conforme a intensidade do tráfego.

O Parque segue como um dos principais cartões postais da cidade e com intenso uso cotidiano pela população carioca.

Informações de Projeto: Parque do Flamengo