A acústica em edificações é o estudo desenvolvido para controlar ruídos indesejáveis e excessivos. Um espaço “mal projetado” em termos de acústica, pode trazer uma série de problemas para o conforto e para a saúde dos usuários. Em projetos educacionais por exemplo, a falta de atenção à acústica pode causar danos na aprendizagem. Já em hospitais, a acústica é extremamente importante no processo de recuperação dos pacientes.
A acústica em um projeto de arquitetura é essencial, mas infelizmente, ainda é uma área “ignorada” por alguns projetistas e construtoras. Um dos fatores que podem ter contribuído para isso, é o fato de que a normatização do tema é relativamente recente no país. A norma – NBR 15.575 (que entrou em vigor em 2013), por exemplo, é obrigatória e estipula níveis mínimos de isolamento acústico em edificações;
A acústica costuma ser mais “notada” em projetos especiais em que assume o papel de “protagonista”, como em salas de concerto, estúdios, teatros, entre outros. Em geral, só percebemos o quão grave é “ignorar” a acústica quando um projeto é ruim e os ruídos são perceptíveis e incômodos aos nossos ouvidos. Porém, optar por soluções em um ambiente já construído é mais caro e muitas vezes pode ser ineficiente. A melhor forma de evitar esses problemas, é pensar no conforto acústico desde a concepção do projeto.
O principal objetivo de um projeto de acústica é estudar as soluções corretas para que haja uma boa relação entre os usuários e o ambiente, ou seja, proporcionar conforto na execução das atividades. Diversos fatores podem influenciar na acústica de um edifício como: a geometria e volume de um espaço, as características dos materiais construtivos, superfícies e suas propriedades de absorção, transmissão e reflexão do som, as fontes de ruído internas e externas, entre outros.
O profissional de acústica possui principalmente bons conhecimentos de física e entende bem o modo como o som se propaga nos espaços. O som é uma forma de energia vibratória que se propaga por um meio físico, seja ele sólido, líquido ou gasoso. Existem alguns fenômenos que irão influenciar na propagação sonora e na sensação auditiva,como: a reflexão, difração, reverberação, eco, ressonância e absorção. Esses fenômenos têm relação direta com a geometria do ambiente e características acústicas dos materiais de revestimento.
O Profissional de Acústica
Um profissional especializado em acústica saberá identificar as necessidades de cada projeto e irá desenvolver estratégias e cálculos especiais conforme a atividade exercida em cada ambiente. As especificidades do uso dos espaços irá determinar quais são os tratamentos acústicos necessários em cada caso.
Existem diferentes tipos de soluções e materiais ideias para cada tipo de espaço.
Por exemplo uma parte da energia sonora ao atingir uma superfície pode ser absorvida e a outra parte é ser refletida. Normalmente elementos construtivos, com superfícies lisas e rígidas são responsáveis por refletir o som no ambiente. Os materiais com boa absorção sonora, superfícies em geral porosas, tem a função de diminuir o número de “reflexões” absorvendo uma parte da energia sonora. Os materiais tidos como difusores, são materiais reflexivos, com superfícies rugosas, que permitem que o som seja distribuído de maneira menos “uniforme” pelo ambiente.
O projeto acústico quando bem aplicado tem um impacto positivo na saúde, no bem-estar, nos processos de comunicação e na produtividade. O fato é que a acústica nos afeta diariamente, e deve ser considerada como um aspecto primordial do conforto ambiental.
Resumindo de maneira bem simples, projetar com um bom desempenho acústico:
garante que alunos entendam seus professores durante a aula;
melhora o desempenho no processo de aprendizagem;
permite que pacientes em hospitais possam descansar e se recuperar;
evita que profissionais sofram danos auditivos em decorrência da exposição ao ruído;
permite que pessoas vivam com conforto em suas residências;
garante que os níveis de produtividade estejam altos nos escritórios;
evita o estresse causado pela exposição aos ruídos indesejados;
Garantir que um projeto seja desenvolvido com “conforto acústico” traz, além de benefícios à saúde e bem-estar dos ocupantes, economia de recursos ao não ter a necessidade de corrigir problemas em um ambiente já construído e segurança jurídica ao atender os requisitos obrigatórios exigidos pela norma NBR 15.575.
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